Um blogue onde o sol realmente shines e onde o rainbow dá uma espreitadela

11 de março de 2011

Geração à Rasca, Geração Enrascada...whatever...é a MINHA Geração e é isso que me preocupa

Nunca gostei das coisas fáceis. Nunca. Ou é para dar luta ou então não vale a pena. Não vale a pena, não dá pica, não se sente a adrenalina a correr pelas veias. Sempre fui assim. Nos teste da escola em que toda a gente subia a nota, eu descia. Quando estive de baixa quinze dias e no regresso se me apresentou um teste de História com matéria de história de arte...tive 19. 
Mas não gostar das coisas fáceis, não significa lixar os sonhos de um gajo. Quando comecei a ser gente, lá pelos 11 anos, decidi rapidamente que queria ser jornalista. Mascarava-me de repórter e lá entrava eu pela cozinha adentro a fazer entrevistas aos meus avós.
Ora bem vistas as coisas, eis o que temos: termino a licenciatura com especialização em jornalismo de actualidade internacional (pomposo não é?) em Setembro de 2008. Hoje, 11 de Março de 2011, qual a minha posição? Estagiária numa agência de comunicação. Estão a perceber onde eu quero chegar? De 2008 a 2011, a minha situação mantém-se no "estágio". É estágio profissional do IEFP? É pois. Mas é estágio. E depois do estágio não se sabe o que virá. E após 3 anos de licenciada, a modos que a vida deveria ter outro grau de segurança? De estabilidade? De autonomia financeira para não ter que depender dos papás e dos avós que já se fartaram de trabalhar a vida toda para ainda terem que sustentar a jovem de 24 anos que tem 2 braços e 2 pernas para trabalhar e fazer pela vida?
Eis o problema da geração à rasca: é que tem 2 braços e 2 pernas para fazer pela vida...e não pode fazer pela vida. Não a deixam fazer pela vida!
E quando esta juventude decide que é melhor começar a mexer-se ao mesmo tempo que se queixa, ainda temos que ouvir palhaçadas como "é Carnaval ninguém leva a mal" ou "...a Polícia de Segurança Pública (PSP) está a preparar-se para acompanhar a manifestação com o mesmo grau de rigor e prontidão que disponibilizou aquando da cimeira da Nato...".
É o fim da picada... Gostava muito, mas mesmo mesmo muito que estivessem 50 mil pessoas na Avenida no dia 12 para mostrar a esses lambões de merda que não nos acagaçamos com ameaças subtis e que não gostamos assim tanto do Carnaval permanente em que este país mergulhou. E até gostava que houvesse molho, podia ser que fossemos notícia lá fora e a imagem do Sócrates fosse ainda mais ao fundo.
Tenho muita pena de ter votado nele em 2004 ou 2005. Muita pena de ter acreditado em promessas vãs, de ter sido apanhada pela máquina partidária do PS (D?). Tenho muita pena se um dia tiver que fazer as malas e deixar este sol português que amo por causa das trapalhadas do seu Governo que assobiou para o lado durante todo este tempo e agora que está tudo na merda é que começa a tomar medidas...questionáveis. Tenho muita pena desta minha geração a quem os sonhos são roubados e que anda a rastejar por estágios não remunerados. Tenho pena da geração anterior que hoje quer aumentar a taxa de natalidade e não tem condições para isso. Tenho pena da geração que vem atrás da minha e que vai encontrar o país em estado de sítio. 
E tenho pena desta nação à beira-mar plantada, que tinha tudo para dar certo mas onde tudo parece tão errado. 
Comecei por dizer que não gosto de coisas fáceis. Não gosto. Mas também não gosto que me façam de parva e por isso vou à luta. Os meus sonhos não me hão-de escapar. Dia 12 estarei lá para DAR a minha voz ao manifesto. E que não me apareçam políticos à frente que mando-os logo todos à merda!

19 de janeiro de 2011

Father and Son

Lembro-me bem de ouvir esta música quando ainda era uma pequena adolescente. Foi o meu pai que me "apresentou" o Cat Stevens e ainda hoje tenho algumas músicas gravadas para ouvir no carro.

A relação de pais e filhos é de facto inexplicável. Porque quando se têm bons pais e bons filhos, é um amor que não se descreve por palavras. Descreve-se por pequenas coisas do quotidiano. E por mais que cresçamos, há sempre um ninho ao qual havemos sempre de regressar. Mesmo sem sabermos, mesmo inconscientemente, a necessidade do ninho está lá, escondida, e pronta a despontar quando o dia corre menos bem ou quando o ninho nos "foge das mãos". Lembro-me que quando tive um dos meus primeiros ataques de ansiedade, o meu pai foi ter comigo e assim que chegou e colocou a mão no meu ombro PUF desceu uma calma em mim que foi uma coisa surpreendente. Em relação à mummy, cuidou sempre tão bem de mim e da nossa família, que hoje tenho um sentimento de super protecção em relação a ela. Acho que sou filha galinha, mesmo que à distância e mesmo que nem sempre demonstrando a falta que me faz, mas isso é porque não gosto de ser piegas =)

Aqui fica a minha música preferida do gato Stevens:

18 de dezembro de 2010

O tempo passa...

Tenho alguma dificuldade em sentir-me adulta. Juro. Não é que perca muito tempo a pensar nisso, ou que queira andar por aí aos pinotes como se fosse uma criança. Nada disso. Mas a verdade é que quando temos aquelas "reuniões" de amigos que costumam ser para manter a tradição, e depois verificamos que a tradição já não é o que era, eu ponho-me a pensar nisso.
O grupo vai ficando mais pequeno, somos mais criteriosos na escolha do restaurante, não passamos a gritar em vez de falar ao fim de dois copos de sangria (embora a sangria se mantenha). E por tudo isto eu penso: estamos a ficar adultos. E isso remoi-me (esta palavra existe?). Vejo o tempo a passar e com o tempo lá se vai a juventude, lá se vai a paciência para aturarmos os outros e cá vêm as responsabilidades, muitas responsabilidades, cada vez mais responsablidades!
Não é que não goste do presente, mas teimo em não deixar fugir este estúpido saudosismo tipicamente português... E teimo em querer que as noites do passado se repitam no presente e no futuro e, vendo que se reproduzem cada vez menos, fico assustada...porque a juventude está a fugir! Pode parecer ridículo dizer isto com 24 anos, mas oh filhos de Deus, eu sou mesmo assim.
Pronto, agora vou jantar =)

N. e T., como sempre, senti a vossa falta. Muito!

23 de agosto de 2010

16 de agosto de 2010

Summer times

Este Domingo fui conhecer a praia da Comporta e....só posso dizer que descobri um pequeno paraíso na Terra! A água cristalina, o areal a perder de vista, tudo muito arranjadinho, o Comporta Café com música cubana ao vivo...

Ai, ai....



Sim Natacha, eu levo-te lá =)

Minhas!!!!!!!

5 de agosto de 2010

Portugal é pequeno mas...

Nestas noites de Verão fico com umas saudades de te ter por cá...